Resenha do livro de Glenn W. Erickson e John A. Fossa. Panacum de Paradoxos . Natal: EDUFRN, 2006. 191 páginas  .

O curso de Língua Brasileira de Sinais – Libras, níveis Básico e Intermediário (2020-2021), é um projeto da Secretaria Municipal de Educação de Ilhéus – SEDUC/Ilhéus (Estado da Bahia), em colaboração com o Centro de Referência à Inclusão Escolar – CRIE. Embora já existisse na modalidade presencial desde 2008, o curso na modalidade a distância foi lançado na ocasião do seminário “Setembro Azul”, em setembro de 2020, e foi planejado para atender em média a 200 cursistas. Influenciados pelos valores da (...) Educação Inclusiva, os organizadores destinaram o curso à comunidade ouvinte: professores, gestores, supervisores, orientadores, profissionais não docentes bem, como os familiares de pessoas surdas. Este artigo procura, de um lado, analisar como se deu a distribuição das vagas nas escolas e, de outro, a motivação principal dos cursistas a seguirem as aulas. Desse modo, questiona-se o nível de inclusão da comunidade escolar nos cursos de Libras, demonstrando os principais problemas e desafios da administração municipal. A metologia utilizada foi qualitativa, com a aplicação de questionários; e quatitativa, por meio da análise de arquivos inéditos dos setores da atual gestão da SEDUC/Ilhéus. Como resultado, a pesquisa revela que os cursistas (professores e funcionários não-docentes) não trabalham em escolas com alunos surdos matriculados, o que demonstra que a SEDUC/Ilhéus deve rever a lógica de distribuição de vagas. (shrink)

Virginia Held nos propõe em seu capítulo “Care and Human Rights”, do livro Philosophical Foudantion of Human Rights, que utilizemos a perspectiva da ética do cuidado para pensar e efetivar as demandas que escolhemos tratar com a linguagem dos direitos humanos, na qual se prioriza tradicionalmente as questões da justiça. Ainda que reconheça a importância que os direitos humanos possuem em mobilizar forças tanto em âmbito internacional como na esfera nacional, no que diz respeito à efetivação de leis e de (...) políticas voltadas para problemas que afetam seriamente as populações dos países, Held frisa que milhares de pessoas ainda escapam a esse alcance, inclusive crianças, que morrem em número alarmante por desnutrição ou por doenças tratáveis. Destaca, ainda, que nossa concepção de direitos humanos é herdeira de uma visão individualista e violenta da tradição liberal, na qual o sujeito solitário vai enfrentar sozinho as forças do mundo, incluindo aí a natureza e as outras pessoas. Uma ética do cuidado, pela sua característica de reconhecer nossa situação necessária de vulnerabilidade e de interdependência, propõe-se como uma alternativa mais eficiente, por focar na relação entre cuidador/a e cuidado/a, buscando-se afastar das abstrações tradicionais como as que ela entende ser as demais abordagens éticas como a kantiana e a utilitarista, ainda tributárias daquela tradição liberal. (shrink)

A introdução da filosofia do direito na educação busca ampliar a compreensão dos alunos sobre os fundamentos teóricos, éticos e políticos do direito. Ela visa desenvolver habilidades de pensamento crítico e promover uma consciência cívica e ética em relação ao sistema jurídico e seu papel na sociedade. Os instrumentos essenciais do estudo filosófico são assuntos muito frequentes e indispensáveis, como; o sentido da aparição humana, como a origem e exício, a alegria e tristeza, o certo e o errado, a felicidade (...) e a dor, o amor, a capacidade, entre outros, que iluminam a relação entre todas as pessoas na sociedade aprendizagem e coexistência. Ao adotar essas abordagens, as instituições de ensino têm a oportunidade de enriquecer a experiência educacional, estimulando o desenvolvimento de competências críticas, a habilidade para resolver desafios complexos e a capacidade de tomar decisões éticas. Portanto esse estudo tem como objetivo articular sobre a compreensão dos fundamentos teóricos, desenvolvimento do pensamento crítico, reflexão ética e moral e consciência dos direitos e responsabilidades na educação de maneira comum. (shrink)

Este artigo objetiva realizar uma revisão narrativa sobre a temática da branquitude, de modo a verificar suas definições presentes na literatura, assim como as maneiras como ela se expressa no cotidiano. As produções foram organizadas em um quadro segundo autor e data, discutindo os diferentes aspectos da raça, na realidade brasileira, em diferentes regiões e também da realidade de outros países. Os dados obtidos indicam que a branquitude, em suas diversas representações, configura-se um agente central na manutenção do racismo. Confirmaram-se (...) os problemas da não racialização e os prejuízos centenários dessa relação de poder. É um panorama diverso e complexo, que compreende pessoas com ou sem consciência de si, com variados níveis de privilégios, expressos territorialmente de maneira diferente. (shrink)

O artigo apresenta reflexões teóricas sobre a atividade de ensino que se torna práxis bem-sucedida. Essa discussão gira em torno de duas categorias teóricas: atividade e afetação. A atividade, categoria teórica de base marxista, é discutida a partir dos aportes da psicologia sócio-histórica. A categoria afetação é aqui analisada com base na filosofia de Baruc de Espinosa. Realizamos este estudo a partir de pesquisa bibliográfica que tem como objetivo refletir sobre o que contribui para que o professor consiga realizar um (...) ensino capaz de afetar com alegria seus alunos levando ao desenvolvimento de uma práxis bem-sucedida. A pesquisa bibliográfica é realizada a partir dos teóricos da psicologia sócio-histórica, sobretudo Vygotsky e Leontiev. Da filosofia de Espinosa pesquisamos a obra Ética. Os resultados revelam que professores e alunos são sujeitos que se constituem historicamente, a partir de múltiplas mediações. Significados, sentidos e afetações são parte das mediações que constituem professores e alunos envolvidos em atividades de ensino consideradas exitosas. O estudo aprofundado acerca dessas categorias poderá contribuir de forma determinante para que o ensino, como atividade social que se realiza entre pessoas, possa tornar-se um encontro alegre, gerador de afetos que potencializem desejos e aumentem a potência de agir e pensar de professores e alunos, fato que contribui para a emancipação humana. Palavras-chave: Atividade de ensinar. Sentido e significado. Encontros alegres. Afetação. (shrink)

Este livro se propõe a ser uma introdução fácil e acessível, porém rigorosa e tecnicamente precisa, à lógica. Prioridade é dada à clareza e lucidez na explicação das definições e teoremas, bem como à aplicação prática da lógica na análise de argumentos. O livro foi concebido de forma a permitir sua utilização por qualquer pessoa interessada em aprender lógica, independentemente de sua área de atuação ou bagagem teórica prévia. Em especial, ele deve ser útil a estudantes e professores de (...) filosofia, computação e matemática. (shrink)

Taking literally the concept of emotional truth requires breaking the monopoly on truth of belief-like states. To this end, I look to perceptions for a model of non-propositional states that might be true or false, and to desires for a model of propositional attitudes the norm of which is other than the semantic satisfaction of their propositional object. Those models inspire a conception of generic truth, which can admit of degrees for analogue representations such as emotions; belief-like states, by contrast, (...) are digital representations. I argue that the gravest problem-objectivity-is not insurmountable. /// [Adam Morton] It is accuracy rather than truth itself that is valuable. Emotional truth is a dubious though attractive notion, but emotional accuracy is much easier to make sense of. My approach to accuracy goes via an account of what makes a story accurate. Stories can be accurate but not true, and emotions can be accurate whether or not they are true. The capacity for emotional accuracy, for emotions that fit a person's situation, is an aspect of emotional intelligence, which is as important an aspect of rational human agency as the intelligent formation of beliefs and desires. (shrink)

In this urbane and witty book, Ronald de Sousa disputes the widespread notion that reason and emotion are natural antagonists.

Emotions can be the subject of moral judgments; they can also constitute the basis for moral judgments. The apparent circularity which arises if we accept both of these claims is the central topic of this paper: how can emotions be both judge and party in the moral court? The answer I offer regards all emotions as potentially relevant to ethics, rather than singling out a privileged set of moral emotions. It relies on taking a moderate position both on the question (...) of the naturalness of emotions and on that of their objectivity as revealers of value: emotions are neither simply natural nor socially constructed, and they apprehend objective values, but those values are multidimensional and relative to human realities. The axiological position I defend jettisons the usual foundations for ethical judgments, and grounds these judgments instead on a rationally informed reflective equilibrium of comprehensive emotional attitudes, tempered with a dose of irony. (shrink)

Femininity and whiteness dominate Western nursing, silencing ontologies and epistemologies that do not align with these dominant norms while perpetuating systemic racism and discrimination in nursing practice, education, research, nursing activism, and sociopolitical structures. We propose Black feminist thought as a praxis to decenter, deconstruct, and unseat these ideologies and systems of power. Drawing from the work of past and present Black feminist scholars, we examine the ontological and epistemological perspectives of Black feminist thought. These include (i) the uniqueness and (...) particular experiences of people, (ii) the acceptance of ontological and epistemological pluralism of truths and ways of knowing, and (iii) the mandate for equity in the health, social, political, and environmental structures of society. By focusing our attention on lived experiences and voices of those systematically excluded in nursing practice, education, research, and society, Black feminist thought offers an anticolonial, antiracist, and antidiscriminatory foundation for more effectively upholding nursing's disciplinary mandate for social justice and equity. (shrink)

Este artigo visa analisar a narrativa (auto)biográfica de estudantes de Pedagogia em uma universidade pública da região do Vale do São Francisco, localizada no território de Petrolina-PE em contexto de pandemia da COVID-19. Para refletir sobre a formação a partir da escrita de si, pautamo-nos, teórica e metodologicamente, em Heidegger, Josso, Freire, Ribeiro, Passeggi, Sousa e Lima. Neste artigo, comtempla-se respostas referentes à como os estudantes se sentiram no processo de formação docente em meio a pandemia e o que (...) esperavam do futuro. A turma do curso de Pedagogia era composta por 19 estudantes, deste total, 17 participaram da atividade da escrita da carta a si. Como estratégia de análise, utilizou-se o método do círculo hermenêutico “heideggeriano”. Assim, as informações foram organizadas em três temas de sentido, sendo: saúde mental na pandemia; ensino remoto versus ensino presencial; e planejamento de carreira. Percebeu-se, por meio das cartas, a preocupação quanto ao ensino remoto, assim como os planos de futuro, com intenção contribuir socialmente para uma educação humana e facilitadora de aprendizagens. Notou-se, ainda, que os estudantes refletiram sobre o bem-estar na profissão, buscando o sentido de suas ações, além de demarcarem o suporte financeiro, emocional, familiar e formativo. (shrink)

Emotion Review, Volume 14, Issue 4, Page 257-261, October 2022. Müller argues that the perceptual or “Axiological Receptivity” model of emotions is incoherent, because it requires an emotion to apprehend and respond to its formal object at the same time. He defends a contrasting view of emotions as “Position-Takings" towards “formal objects”, aspects of an emotion's target pertinent to the subject's concerns. I first cast doubt on the cogency of Müller's attack on AR as begging questions about the temporal characteristics (...) of perceptual events. I then argue that Müller's version of PT is not radical enough. On my attitudinal view, formal objects are not values but natural properties that justify specific affective or behavioral responses. Values are constituted only by a negotiated social aggregation of individual evaluative attitudes. (shrink)

O presente trabalho pretende resgatar o debate entre Richard Rorty e Nancy Fraser, ocorrido no início da década de 1990, especificamente a partir do texto Feminismo e Pragmatismo apresentado na Tanner Lectures on Human Value. Nesta conferência o filósofo discorreu sobre a possibilidade de conciliação entre o seu pragmatismo e o feminismo. Rorty aborda o feminismo enquanto autocriação da mulher através da “redescrição” mediante a manifestação poética, onde o filósofo encara as feministas como criadoras do novo. Em seguida, exporemos a (...) crítica de Fraser, que trabalha sobre a proposta apresentada pelo pragmatista e que oferece suas próprias ideias dentro de uma concepção do feminismo como movimento democrático de massa. Ao final, uma breve avaliação das implicações das críticas e sugestões apresentadas por Rorty ao feminismo e também da resposta de Fraser. (shrink)

Mangan draws his inspiration from James's account of fringe consciousness, but differs from James in focusing on something non-sensory, necessarily fuzzy, though not necessarily fleeting. A long tradition in philosophy has deemed non-sensory elements of consciousness to be indispensable to thought. But those, chiefly conceptual, forms of non-sensory fringe are not Mangan's focus. What then is Mangan talking about? This commentary envisages a number of possible answers, and tentatively concludes that fringe consciousness is essentially emotional. Emotional consciousness involves proprioception, however, (...) hence is non-sensory only in the weak sense of excluding the five senses. (shrink)

À quoi bon la pensée? Pour de nombreux chercheurs, inspirés par les théories évolutionnistes, la pensée réfléchie est utile à notre espèce. Elle lui confère des avantages importants et contribue à son succès reproductif. Pourtant ses avantages ne sont pas si évidents. La pensée ne figure ni dans les mécanismes de l'évolution qui ont façonné la vie, ni parmi les procédés dont se servent la plupart des organismes pour s'y maintenir. Dans Évolution et rationalité, Ronald de Sousa montre que, (...) pour comprendre les avantages de la pensée réfléchie, il faut changer nos présupposés relatifs à la rationalité et reconnaître la multiplicité de ses dimensions. La rationalité ne nous sert pas seulement à avoir des croyances vraies et à agir de manière efficace dans un environnement changeant. Elle nous aide à gérer nos plaisirs et nos peines dans le temps et nous permet d'envisager des situations qui n'existent pas. En général, le statut de la rationalité comme ensemble de capacités ayant évolué dans le cours de l'histoire naturelle de notre espèce, passant des tropismes aux désirs et de la détection à la représentation, n'a pas été pris suffisamment au sérieux. Suivre ce processus d'évolution de la rationalité permet de comprendre comment elle est devenue une norme, mais aussi pourquoi il lui arrive aussi souvent d'échouer. Ronald de Sousa a profondément modifié nos façons de concevoir les émotions. Avec Évolution et rationalité, il pourrait avoir une influence aussi décisive sur nos façons de concevoir la rationalité. (shrink)

How should we understand the emotional rationality? This first part will explore two models of cognition and analogy strategies, test their intuition about the emotional desire. I distinguish between subjective and objective desire, then presents with a feeling from the "paradigm of drama" export semantics, here our emotional repertoire is acquired all the learned, and our emotions in the form of an object is fixed. It is pretty well in line with the general principles of rationality, especially the lowest reasonable (...) principles. Turned to the second part of this side of reasonable. I will inquire how emotional beliefs, desires, and behaviors contribute to the rationality. I will present a very general biological hypothesis: emotions by controlling highlights the characteristics of perception and reasoning, so that we remove the difficulties due in particular to lead to paralysis; they are being simulated by a simplified perception of information, thus limiting our practice and cognitive choice. How are we to understand emotional or axiological rationality? I pursue analogies with both the cognitive and the strategic models, testing them against intuitions about emotional desires. We distinguish two different classes of desires, the subjective and the objective, and propose that emotions have a semantics that derives from "paradigmatic scenarios", in terms of which our emotional repertoire is learned and the formal objects of our emotions fixed. This fits in well with emerging facts about how our emotional capacities develop, and it can also be squared with the general principles of rationality, particularly minimal rationality. In the second part, I return to the perspective of rationality. I ask how emotions contribute to the rationality of beliefs, desires, and behavior. I proffer a very general biological hypothesis: Emotions spare us the paralysis potentially induced by a particular predicament by controlling the salience of features of perception and reasoning; they temporarily mimic the informational encapsulation of perception and so circumscribe our practical and cognitive options. (shrink)

This paper intends to redeem, even modestly, the temporality and the narrativity present in the Discourse on the Method, and thus, to situate them in relation to the Cartesian project of legitimizing its conception of science and philosophy – step that marks his metaphysical turn given the condemnation of Galileo in 1633. Complementing and deepening this key of reading of the small essay of Descartes, we will trace a brief analysis of the philosophical meaning of the figure of the Journey (...) – present in an important way in the body of the text. In this spirit, our proposal is to understand how the aesthetic dimension of this Descartes’s work dialogues with its philosophical dimension. (shrink)

Introduction -- Function and destiny -- What's the good of thinking? -- Rationality, individual and collective -- Irrationality.

The word "truth" retains, in common use, traces of origins that link it to trust, truth, and truce, connoting ideas of fidelity, loyalty, and authenticity. The word has become, in contemporary philosophy, encased in a web of technicalities, but we know that a true image is a faithful portrait; a true friend a loyal one. In a novel or a poem, too, we have a feel for what is emotionally true, though we are not concerned with the actuality of events (...) and characters depicted. To have emotions is to care about certain things: we can wonder whether those things are really worth caring about. We can wonder whether our passions reflect who we are, and whether they constitute fitting responses to the vicissitudes of life. So there are two aspects to emotional truth: how well an emotion reflects the threats and promises of the world, and how well it reflects our own individual nature. That is the starting point of this book, which looks first at the analogies and disanalogies between strict propositional truth and a looser, "generic" sense of truth. As applied to emotions, generic truth is closer to those original meanings: as in a portrait's fidelity or friend's loyalty. Taken in this sense, the notion of emotional truth opens up large vistas on areas of life essential to our existence as social beings, and to our concerns with beauty, morality, love, death, sex, knowledge, desire, coherence, and happiness. Each of those topics illustrates some facet of the dominant theme of the book: the crucial but often ambivalent role of our emotions in grounding and yet also sometimes undermining our values. Emotions act, in holistic perspective, as ultimate arbiters of values where different and independently justified standards of value compete. (shrink)

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Wittgenstein analisa em sua obra tardia, a relação entre regra e sua aplicação. Neste contexto, emerge o tema sobre compreensão de regras. O autor possui uma concepção distinta da tradição no que se refere à compreensão de algo (seja uma palavra, seja uma regra). Compreender uma regra não é um fenômeno mental, mas um ato natural, uma habilidade dominada pelo treino e aplicação de uma técnica cujo critério é o comportamento público dos agentes. Em algumas partes, surge a discussão sobre (...) uma possível lacuna entre regra e aplicação que abriu margem para interpretações equivocadas. Contudo, Wittgenstein apenas considera esta lacuna para fins de investigação, e concluí que a lacuna seria improcedente. Este artigo visa analisar o debate wittgensteiniano por meio de evidências textuais com citações selecionadas da obra tardia do autor. Defendo que Wittgenstein possui uma postura naturalista e pragmatista com relação à aplicação e compreensão de regras e que, a lacuna entre regra e compreensão é aparente e ocorreria caso se adotasse um modelo mentalista de compressão da linguagem. (shrink)

Em 1869, em uma recomendação de livros de interesse para o público espírita, Allan Kardec escreveu que a “filosofia moral” do pastor americano William Ellery Channing era “o mais puro espiritismo”. Este artigo parte desse fato para efetuar uma análise das similaridades entre o pensamento de Kardec e o chamado cristianismo liberal (ou unitarismo) dos Estados Unidos, do qual Channing era o mais famoso representante na primeira metade do século XIX. Para isso, efetua-se, primeiro, uma definição do termo “cristianismo liberal”; (...) em seguida, traçam-se algumas de suas raízes intelectuais no pensamento cristão anglo-americano e, finalmente, comparam-se alguns elementos de sua versão do cristianismo com a leitura kardequiana dessa tradição religiosa por meio, principalmente, de um texto representativo de cada autor quanto a esse assunto, a saber: _Unitarian Christianity_, de 1819, e _O Evangelho segundo o Espiritismo_ (na versão definitiva de 1866). Ao fim, constata-se que algumas das teses e abordagens propostas por Kardec já circulavam há décadas no meio protestante americano, não se restringindo apenas à “filosofia moral”. (shrink)

Este trabalho monográfico busca pesquisar a teologia da Oração Eucarística II, em seus aspectos teológicos e históricos. Para tanto, buscou-se estudar a Anáfora Eucarística de Hipólito de Roma em sua obra – Traditio Apostolica, este é um texto patrístico do século III, onde se encontram alguns aspectos da Liturgia em Roma. Investigando o texto anafórico hipolitano constata-se que a Comissão responsável pela confecção das novas Preces Eucarísticas retoma o texto anafórico de Hipólito de Roma. Nosso artigo busca possibilitar o conhecimento (...) deste dado em perspectiva de uma possível comparação com a Oração Eucarística II do Missal Romano de Paulo VI, esta Anáfora é de 1968, em vista de um ulterior trabalho de pesquisa. Nosso estudo conduz a perceber as interpolações entre a Anáfora de Hipólito e a Prece Eucarística II. Por fim, nosso estudo não vislumbra esgotar o tema abordado, mas possibilitar uma via de novos estudos acerca da Teologia Eucarística a partir da lex orandi. (shrink)

In this paper I explain the impact of phenomenological philosophy in the conceptions of Luís Cabral de Mancada about law and juridical experience. Stressing that Moncada was the first scholar in Portugal who made an extensive use of phenomenological doctrines within his own field of research, I show that Husserl, Hartmann, and Scheler were the most influential thinkers for him. As a matter of fact, they had a positive impact on Moncada’s conceptions about Law, the axiological realm, the State, and (...) jusnaturalism. (shrink)

The main objective of our research is to analyze the correlation between the struggle for recognition, the National Truth Commission – CNV and collective memory. To achieve our goal, we propose to analyze memory from collective and social struggles evoking collective memory within an intersubjective relationship that involves disputes, negotiations, manipulations and forgetting. It is important to emphasize that the theoretical framework of our work is supported by the debate around the struggles for recognition. Therefore, we will verify, from Axel (...) Honneth, the moral grammar of the struggles around this reciprocal recognition and how this dynamic happens in current social practices and, ipso facto, we intend to articulate the discussion of the communication paradigm with collective memory. (shrink)

Some wag reported the following story: Scholars have recently established that the Iliad and the Odyssey were not, after all, written by Homer. They were actually written by another author, of the same name.The majority of current theories of naming and reference, including ones as divergent in other respects as those of Russell and Searle, would rule this story impossible. They would do so on roughly these grounds: the sense and reference of the name ‘Homer’ is determined, given the absence (...) of other reliable testimony, by the sole description: ‘Author of the Iliad and the Odyssey’. ‘Homer is the author of the Iliad and the Odyssey’ is therefore known a priori, hence necessarily true. There could not be another author of that name and claim to fame.In lectures delivered at Princeton in the Winter of 1970, Saul Kripke offered a lucid alternative to such theories. (shrink)

How many emotions are there? Should we accept as overwhelming the evidence in favour of regarding emotions as emanating from a relatively small number of modules evolved efficiently to serve us in common life situations? Or can emotions, like colour, be organized in a space of two, three, or more dimensions defining a vast number of discriminable emotions, arranged on a continuum, on the model of the colour cone?There is some evidence that certain emotions are specialized to facilitate certain response (...) sequences, relatively encapsulated in their neurophysiological organization. These are natural facts. But nature, as Katherine Hepburn remarked to Humphrey Bogart, is what we were put in the world to rise above. I shall suggest that we can consider the question not merely from a scientific point of view, but from a political point of view. And so I will try to explain how to reconcile the evidence of emotional modularity - which, as some of the contributions to the present volume illustrate, is not devoid of a certain ambiguity - with a reasonable plea for an attitude of disapproval towards the rigidities of our taxonomy. (shrink)

Do we love someone for their virtue, their beauty, or their moral or other qualities? Are love's characteristic desires altruistic or selfish? Are there duties of love? What do the sciences tell us about love? In this Very Short Introduction, Ronald de Sousa explores the different kinds of love, from affections to romantic love.

En _El coraje de la verdad_, Foucault se plantea el ambicioso proyecto de articular una historia del cinismo, pero no entendiéndolo exclusivamente como un movimiento filosófico helenístico-imperial, sino, de modo más general, como un fenómeno “transhistórico”. Esta tarea implicaría sobrepasar los márgenes de la época grecorromana en la que tuvo lugar la filosofía cínica clásica e intentar rastrear su persistencia en las diversas esferas de la cultura occidental prescindiendo de declaraciones explícitas de deuda doctrinal. Para ejemplificar estas persistencias, Foucault alude (...) a tres grandes bloques: movimientos ascéticos de la espiritualidad cristiana, grupos revolucionarios e insurgentes del XIX y ciertas posturas estéticas tanto decimonónicas como del siglo XX. En el presente ensayo examinaremos cómo Foucault enlaza el cinismo con ese primer bloque, el modo en que logra justificar que hay una herencia cínica en el seno del cristianismo y, a partir de ello, intentar extraer de sus disertaciones un material metodológico o una ruta de abordaje que permita dar continuidad a su proyecto. (shrink)

In the following comments, I will raise no major objection to Furtak’s main line of argument. My questions are essentially requests for clarification. They focus on three key expressions: first, the “unified” character of emotional agitation and intentionality; second, the unique “mode of cognition” claimed for emotions; and third, the “emotional a priori.”.